Ícone do site Repórter Nordeste

Doença renal avança silenciosa na população

No início, a doença renal não apresenta sintomas. Furtivamente, ao longo dos anos, os milhões de microfiltros que formam os dois rins humanos vão sendo danificados lentamente por patologias como o diabetes, a hipertensão e as doenças cardiovasculares resultando na indesejável doença renal crônica (DRC).

A DRC é uma das enfermidades que mais causa mortes no Brasil, ao lado do AVC (acidente vascular cerebral) e do infarto do miocárdio. Conforme alerta o nefrologista Arnon Farias Campos, um em cada dez adultos brasileiros possui algum tipo de doença renal, sendo que a grande maioria desconhece essa situação.

“O problema é que por se tratar de uma doença silenciosa, muitas pessoas procuram o médico apenas quando a doença está em seu estágio mais avançado, ou seja, quando o rim está danificado e é preciso submeter-se à diálise e ao transplante de rim”, explica Arnon Campos, no Dia Mundial do Rim, comemorado no último dia 14 de março.

A doença renal crônica é diretamente proporcional ao envelhecimento da população e ao surgimento de problemas como a obesidade, o estresse, hábitos alimentares desregrados e a falta de controle da hipertensão arterial, sendo esta última a causa mais frequente do surgimento da DRC. Combatendo ou prevenindo-se cada um desses problemas, previne-se a insuficiëncia renal.

Sintomas indiretos dão pista sobre a doença renal crônica

Como a insuficiência renal é silenciosa, é preciso estar atento a sintomas indiretos da doença, como a pressão alta, sangue na urina, inchaço nas pernas e no rosto, náuseas, vômito, anemia (palidez), hábitos noturnos de urina, mal estar e infecções urinárias recorrentes.

Para o diagnóstico preventivo da doença renal crônica (DRC), o nefrologista Arnon Farias recomenda a inclusão do teste de creatinina como parte de exames de rotina para que a doença possa ser tratada em seu estágio inicial.

A creatinina é um exame de sangue simples e de baixo custo que indica se o rim está funcionando corretamente. O exame é indicado, sobretudo, para famílias com histórico da doença, onde há uma maior chance de os descendentes apresentarem o problema.

A melhor forma de prevenção da insuficiência renal passa necessariamente pela boca: é preciso reduzir o consumo diário de sal e de gordura e de produtos industrializados, sejam doces ou salgados. Até mesmo refrigerantes possuem sódio (sal) em sua composição mesmo sendo uma bebida doce. Isso acontece justamente para ampliar a data de validade dos alimentos e conservá-los por mais tempo. Daí a importância da leitura da embalagem dos produtos alimentícios antes de colocá-los no carrinho de compras.

Por fim, deve-se evitar também o uso de anti-inflamatórios e antibióticos sem receita médica e manter a prática regular de exercícios físicos.

Sair da versão mobile