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Discussão sobre a Casal no Governo Renan Filho ignora agência reguladora ‘forte’

Nem o Governo Renan Filho nem os deputados estaduais defensores da privatização da Companhia de Saneamento de Alagoas, a Casal- com destaque Davi Maia e Cibele Moura- levam adiante a necessidade de uma agência reguladora mais estruturada para a fiscalização dos serviços de saneamento, que deveriam ser atribuições da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas, a Arsal.

A gestão Ronaldo Medeiros na agência é um renascimento destes serviços mas não existe uma política de Estado para que a Arsal seja o que ela é- ao menos está escrito no papel: “instrumento em favor dos direitos e interesses dos consumidores, fiscalizando as concessionárias e garantindo a qualidade dos serviços públicos prestados”.

Ela segue dependendo do administrador- mais capaz ou não- para pôr em prática a atribuição que lhe cabe.

Vendida, a Ceal virou Equatorial. Houve uma enxurrada de ações na Justiça estadual, maioria referente a taxas consideradas abusivas pelos consumidores ou cobranças interpretadas como fora dos padrões.

Se estivesse em pleno funcionamento, a fiscalização dos serviços- ruins- oferecidos pela Equatorial seriam alvo da Arsal.

E não é assim.

Com a água e o esgotamento sanitário acontecem a mesma coisa: vemos os liberais defenderem a venda de todos os serviços públicos porque o Estado tem de ser mínimo apenas para o povo. Sem, no entanto, uma reestruturação de agências reguladoras para garantir que os serviços públicos não sejam guiados, exclusivamente, pela “mão invisível” do mercado.

E, convenhamos: pensar que o mercado se auto-regula ou é má-fé ou cinismo ou ingenuidade que nem deveria existir nestes tempos de capitalismo selvagem, bem adaptado á nossa violência histórica.

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