Direcionamento do auxílio emergencial melhora, mas famílias ainda vão sentir impacto econômico, diz economista da ESPM

Aplicativo auxílio emergencial do Governo Federal.
Economista Leonardo Trevisan compara os dois momentos do auxílio emergencial e diz que famílias em vulnerabilidade sofrem com outros fatores relacionados à pandemia, como o aumento dos preços de produtos da cesta básica e a redução das doações

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021 – Nesta semana,  o governo federal iniciou a segunda rodada do auxílio emergencial,  colocando em prática a sua estratégia de melhorar o direcionamento dos recursos a fim de  abranger certos setores econômicos.  “Os 600 reais pagos no ano passado tiveram um efeito multiplicador, que atingiu diversos setores da economia, inclusive chegando a áreas de consumo que provavelmente nem estavam previstas”, diz Leonardo Trevisan, economista e professor da ESPM.  “Desta vez, o governo montou um banco de dados que permite fazer uma análise estruturada e direcionar melhor a quem destinar a ajuda. A Caixa Econômica conseguiu identificar fraudes, padrões de renda, e famílias mais necessitadas.”

Ainda assim, para muitos grupos vulneráveis o momento atual  é mais crítico. “Há fatores como aumento dos preços de produtos da cesta básica e do gás e a diminuição de doações por parte de empresas e até de pessoas físicas”, afirma Trevisan. “Isso tudo num momento em que ninguém consegue prever quanto tempo ainda conviveremos com os efeitos da pandemia de covid-19.”

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