Repórter Nordeste

Apoio para era Renan Filho explica fidelidade de Renan-pai a Dilma

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), tem motivos para defender o Governo Dilma Rousseff. Também tem motivos para se alinhar ao ex-presidente Lula na empreitada. E de se tornar um dos principais articuladores para a permanência de Dilma no poder.

Por exemplo: a Eletrobrás retirou, em dezembro, da sua lista de estatais de energia a serem privatizadas, a Ceal.

Há uma negociação em curso- levada adiante pelo secretário da Fazenda, George Santoro- para que a União pague o que deve da venda (que não houve) da Ceal. Negócio superior a R$ 2 bilhões, que deve virar abatimento da dívida pública, todos os meses.

A dívida alagoana- como se sabe- caiu de 7,961 bilhões para R$ 5,960 bilhões. E vai cair mais, gerando uma folga nos cofres públicos superior a R$ 200 milhões/ano.

Foi isso que garantiu Alagoas não atrasar salários dos servidores. Nem vem atrasar.

Nos quatro primeiros meses deste ano, Alagoas recebeu R$ 1,5 bilhão via Governo Federal, apesar da crise financeira. Mesmo com os cortes na saúde (o último de R$ 2,4 bilhões no fim de março), o Governo e a Prefeitura de Maceió fizeram uma parceria para abrir a UPA do Trapiche da Barra, que não desafogou o Hospital Geral do Estado mas diminuiu o caos do setor.

Se o modelo vai funcionar ou não (administrado por organizações sociais), o futuro (não tão distante) dirá.

O Governo e a Prefeitura se articulam para abrir a UPA do Benedito Bentes, que está abandonada- conforme o blog mostrou na semana passada (ver mais abaixo).

O dólar em alta faz o Governo Renan Filho (PMDB) contar dinheiro: prevê mais de um R$ 1 bilhão, movimentados por turistas em Alagoas. A Azul anunciou, semana passada, três novos voos diários para Recife e um para Aracaju. Porque o Governo alagoano também reduziu a alíquota de ICMS de 17% para 12% do querosene de aviação. O custo do combustível representa 35% dos gastos para as companhias aéreas.

Turistas argentinos também virão mais vezes a Alagoas: vôos todos os sábados, partindo do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares.

Não há motivos para Renan-pai não apoiar Dilma Rousseff, que reflete a administração na era Renan Filho?

Na Barra de São Miguel foram entregues 350 casas do Programa Minha Casa, Minha Vida, na semana passada. O próprio Governo Renan Filho prevê até o final deste ano 1.945 habitações deste programa até o fim deste ano. O Governo Federal projeta alta de 30% no financiamento de imóveis populares em todo o país neste ano.

Um Governo Michel Temer daria a mesma tranquilidade política a Renan-pai e Renan Filho para os programas federais serem executados por aqui?

Ou os Renans querem apostar alto para ver?

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