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Dilma veta lei dos royalties do petróleo

A presidenta Dilma Rousseff  vetou nesta sexta-feira o artigo da nova lei dos royalties do petróleo que alterava a divisão das receitas provenientes dos campos atualmente em exploração. Além de alterar este item do projeto, Dilma anunciou que encaminhará uma medida provisória ao Congresso para resgatar o repasse integral de royalties futuros para a educação, revertendo assim a derrota sofrida pelo governo na votação da proposta.

Entenda:

A decisão sobre a manutenção dos contratos atuais já era esperada desde o meio desta semana e ocorre após a presidenta se posicionar em favor do uso “responsável” dos royalties e atende às pressões comandadas nas últimas semanas por Estados produtores, em especial Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Com a decisão, continuará valendo, nas áreas em que já há concessão, a regra atual para a exploração do petróleo. Pela norma, os Estados produtores ficam com 26,25% das receitas provenientes da exploração de petróleo. Estados não-produtores ficam com 1,76%. O texto aprovado no Congresso pretendia reduzir a fatia dos Estados produtores nas áreas em concessão para 20% nos contratos atuais.

Dilma convocou ministros para fazerem o anúncio na tarde desta sexta-feira. Após uma reunião no Palácio do Planalto, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, esclareceu que a presidenta enviará uma medida provisória ao Congresso, para promover as alterações na lei que considerou necessária.

“O veto colocado ao artigo terceiro resguarda exatamente os contratos estabelecidos e também tem o objetivo de fazer a readequação, ou seja, a redistribuição dos percentuais dos royalties”, disse Gleisi. “A presidenta procurou conservar em sua maioria as deliberações do Congresso Nacional, garantindo contudo a distribuição de recursos para a educação brasileira.”

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, acrescentou que Dilma procurou preservar o “patrimônio brasileiro”, sem que isso signifique uma afronta ao Congresso Nacional. “Não há nenhum desapreço ao Congresso Nacional com esse veto.” Segundo ele, a decisão da presidenta procurou evitar que a lei não interfira no “direito adquirido”.

As informações são do IG

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