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Dilma em Alagoas: Confusão, pedidos e divergências sobre CPMF

Uma militante do Movimento Brasil Livre disse ter sido agredida com um pedaço de pau, usado como bandeira, por um manifestante pró-Dilma Rousseff em Maceió, durante visita da presidente a capital alagoana, para reunião com 72 empresários. A confusão aconteceu do lado de fora do Centro de Convenções Ruth Cardoso, onde Dilma e os empresários estavam reunidos.

Do lado de dentro, pouco antes de entrar na reunião, Dilma foi recepcionada por militantes petistas e sindicatos.

– Não vou denunciar ninguém. Quero, apenas, que o protesto siga pacífico, disse a mulher, que não quis se identificar.

A reunião, que deveria durar duas horas se estendeu até o início da noite. No final, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, e o presidente da Federação das Indústrias de Alagoas (Fiea), José Carlos Lyra, falaram para a imprensa.

Os empresários pediram o fim das obras do Canal do Sertão (o trecho de número três, de um total de cinco, foi entregue ontem pela presidente na cidade sertaneja de Inhapi); a instalação de uma sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)- Alagoas é o único Estado do Brasil sem a estatal; e a aprovação do seguro exportação para os empresários do setor sucroalcooleiro.

Das 20 usinas existentes no Estado, apenas nove estão com os pagamentos em dia a fornecedores. A dívida é superior a R$ 250 milhões.

– O setor sucroalcooleiro é detentor de cotas para os mercados americano e europeu. Cotas que só o  Nordeste tem. Os preços nestas cotas são mais altos. Para operar estas cotas, as empresas têm de ser financiadas, daí o seguro exportação será oferecido aos bancos que financiarão o setor, disse o ministro.

O valor destas cotas soma 500 milhões de dólares. Alagoas tem direito a 60% deste valor.

Apesar dos dois lados terem considerado diálogo “produtivo”, em um ponto não houve concordância: a volta da CPMF.

Dilma- disseram o ministro e o presidente da Fiea- falou do assunto:

– O empresário nunca vai poder concordar. Ela disse que era imposto mais fácil, prejudica menos a todos. No fim, pediu que não brigássemos contra a CPMF. Ficamos calados mas não quer dizer que apoiamos.

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