Dia do Cirurgião Plástico: SBCP alerta para a escolha do profissional adequado

Neste dia, 7 de dezembro, data de fundação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) é comemorado o Dia do Cirurgião Plástico e a SBCP aproveita a data para conscientizar a população da importância na escolha do profissional adequado para realizar procedimentos estéticos cirúrgicos ou não cirúrgicos, mas minimamente invasivos.

Recentemente propagandas em sites e redes sociais de procedimentos estéticos como aplicação de toxina botulínica, ácido hialurônico, harmonização facial e até cirurgias como lipo da papada e blefaroplastia têm sido comuns, mas um perigo para a saúde do paciente que, sem conhecer, pode cair em uma armadilha. Isso porque na maioria das vezes quem faz essas propagandas não são médicos, são outros profissionais de saúde que se aventuram em realizar esses procedimentos.

Não é raro aparecer na mídia pessoas que ficaram deformadas ou até foram a óbito após realizar procedimentos estéticos com não médicos como odontólogos, biomédicos ou farmacêuticos, incluindo produtos que não são aconselhados para uso, como o PMMA.

*Cuidado com a saúde não tem preço*

Muita gente chega a ir nesses profissionais pensando em pagar mais barato por um procedimento, que na maioria das vezes não sai mais barato e, em muitos casos podem levar a complicações muito mais sérias. Isso porque, todo procedimento envolve risco e, um profissional especializado e habilitado para realizar esses procedimentos, como um cirurgião plástico, além de saber realizar o procedimento, sabe como lidar caso haja alguma intercorrência durante ou após o procedimento.

“A medicina lida com aquilo que temos de mais precioso que é a nossa vida. Por isso, alertamos a população que nunca se guie por preços ou mídias sociais na escolha de um cirurgião. Muitas vezes as imagens milagrosas e fantásticas de determinados profissionais são manipuladas”, aponta Dênis Calazans, presidente da SBCP.

Fazer a escolha do profissional certo é o primeiro passo para diminuir as chances de uma intercorrência. “A predileção do profissional que fará a cirurgia deve ser criteriosa. É importante estar atento à formação, ao currículo e conhecer a carreira deste profissional”, aponta o presidente da SBCP. Outro fator importante para a segurança do paciente é a localidade. Diferentes procedimentos devem ser realizados em locais específicos, e ser certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

*Médicos não podem postar fotos de antes e depois*

Medicina não deve ser objeto de mercancia, por isso, é expressamente proibido divulgar fotos, vídeos ou áudios que caracterizem sensacionalismo, autopromoção ou concorrência desleal. Neste grupo, se enquadram as fotos conhecidas como “antes e depois”. O médico que divulgar fotos na rede, que pode gerar falsas esperanças de resultados em pacientes, pode sofrer sanções do Conselho Regional de Medicina.

É necessário observar que ter likes e seguidores não é garantia de que o profissional fará um bom trabalho. Além da formação médica e a especialização em cirurgia plástica, membros associados da SBCP estão em constante atualização científica. “A cirurgia plástica é uma especialidade médica, e como tudo dentro da medicina, ela depende de diagnósticos e de uma boa relação médico-paciente. Não se deve pensar cirurgia plástica como um corte de cabelo ou uma troca de roupa. O bisturi de cirurgião plástico não é uma varinha de condão. Não existe milagre. Existe estudo, técnica e especialização. O número de seguidores ou likes nunca foram atestados de competência”, concluí Dênis Calazans, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

*Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica*

Presente em 20 capitais do país e no Distrito Federal, além de sua sede Nacional, em São Paulo, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica congrega cerca de 6.800 cirurgiões plásticos – entre titulares, associados e aspirantes a membros – com o objetivo de promover e aprimorar o estudo da cirurgia plástica, no Brasil, promovendo altos padrões de treinamento, ética, exercício profissional e pesquisa científica de temas ligados à especialidade. Dentre suas missões, defendem ainda que cirurgias estéticas e/ou reparadoras sejam realizadas exclusivamente por médicos, visto que demandam perícia profissional específica e protegem o paciente quanto à qualidade dos atendimentos oferecidos.

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