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Dia da Mulher: uma sindicalista nascida nas maquinarias da opressão orgulha Alagoas

Nascida às margens das corredeiras da Cachoeira da Serra D’água, no Vale do Camaragibe, pleno de beleza e opressão histórica, nossa Lenilda Lima representa as filhas dos trabalhadores e trabalhadoras das usinas, perfis de sonho e desencanto erguidos nos circuitos dos canaviais que sufocaram gritos, embeberam a terra de suor e sangue, sustentando a riqueza de uma casta comprometida com a manutenção da miséria e do arcaísmo nas relações trabalhistas.

Da infância e adolescência transcorridas no municípios de São Luiz do Quitunde, guarda as memórias das felizes traquinagens de quem ainda não entendia as durezas da estrada; as brincadeiras, os tempos de estudo, as faceirices juvenis e seus namoros açucarados.

Mas é na docência que encontra os aprendizados capazes de fazer perceber com quantas páginas de luta e enfrentamento fazemos a história de um povo guerreiro, de uma mulher guerreira!

O legado de Lenilda Lima ao sindicalismo alagoano é inquestionável. Representação de força moral e resistência, levando o grito da mulher educadora, trabalhadora dos rincões dispersos nas Alagoas, a sonhar uma sociedade melhor nas limitações de cada dia, rompendo os grilhões do analfabetismo apesar da perversa estrutura política e econômica.

Presença ativa na política de oposição, marcada pelas negações e conquistas, essa filha do norte alagoano nos representa. Neste 08 de março de 2016 nossa homenagem resgata as dores e amores que sua feminina trajetória acrescenta a esta terra de tantas mulheres guerreiras. Lenilda Lima sempre presente!

 

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