Estado de Minas
Uma rebelião de detentos do Presídio de Itajubá, na região sul de Minas Gerais, deixou pelo menos um preso morto e um agente penitenciário ferido na manhã desta terça-feira (25). A Polícia Militar e agentes do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) do sistema prisional ainda negociam com os criminosos que ainda estão com dois reféns.
De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o motim começou por volta das 7h, quando homens de dois pavilhões renderam e fizeram cinco agentes como reféns. Houve confrontos entre os presos e os agentes. Na briga, um dos detentos, ainda não identificado, acabou morrendo.
Um agente penitenciário, que também não teve o nome divulgado, se feriu durante o confronto e foi socorrido para o Hospital Escola da cidade. Segundo a Seds, ele passa bem. Informações de um advogado que foi chamado e teve contato com os detentos, dão conta de que duas pessoas ainda são feitas reféns, um detento e outro agente penitenciário.
Centenas de policiais, entre Civis e Militares, estão na porta do presídio e seguem com a negociação. O sub-secretário da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), Murilo Andrade Oliveira, acompanha os trabalhos. O Corpo de Bombeiros também foi acionado, pois os detentos colocaram fogo em colchões. O helicóptero da PM de Belo Horizonte auxilia o grupo.
Essa é a segunda rebelião em presídios mineiros em menos de uma semana. Na última quarta-feira (19), os detentos da Penitenciária de Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, também se rebelaram. Um preso fingiu passar mal e quando agentes penitenciários foram atendê-lo outros quatro albergados dominaram os servidores e conseguiram rendê-los. As armas dos agentes foram roubadas e na confusão um deles acabou baleado no braço. A Polícia Militar (PM) foi acionada para controlar a situação e iniciar negociações para liberação de dois reféns.
O tumulto causou medo e caos para os moradores que moram próximo ao presídio. Armados, os detentos atiraram contra policiais e jogaram uma granada para o lado de fora do prédio. O artefato explodiu próximo ao portão de uma residência.
Durante o motim, os presos destruíram o presídio. Por causa disso, dos 114 detentos que ocupavam a cadeia, 89 foram transferidos para unidades da Grande BH localizadas em São Joaquim de Bicas e Ribeirão das Neves.