De acordo com a nova fórmula estabelecida pelo governo federal, o salário mínimo será de R$ 1.412, um aumento considerável em relação ao valor atual de R$ 1.320. Essa política de valorização utiliza uma combinação de dois índices: a inflação medida pelo INPC e a variação positiva do PIB.
O cálculo do novo valor foi feito pelo economista Felipe Salto, da Warren Investimentos, levando em consideração o INPC de novembro, que foi de 3,85%, e o crescimento do PIB de 2022, que registrou um aumento de 3%. O valor final foi arredondado para cima, como determina a lei.
No entanto, é importante ressaltar que haverá uma revisão devido à diferença de R$ 9 em relação ao valor previsto pelo governo no Projeto de Lei Orçamentária Anual.
O presidente tem até o fim de dezembro de 2023 para anunciar o valor definitivo do salário mínimo, que passará a vigorar em 1º de janeiro de 2024.
A política de valorização do salário mínimo, implementada pelo governo Lula, tem como objetivo aumentar o poder de compra das famílias.
No entanto, o governo passado, liderado por Jair Bolsonaro, decidiu abandonar essa política, argumentando que ela impactava negativamente as contas públicas.
O reajuste do salário mínimo não afeta apenas aqueles que recebem o valor mínimo, mas também influencia o reajuste de outros benefícios, como o BPC e os pagamentos do INSS.
Segundo um estudo do Dieese, cerca de 54 milhões de pessoas no país têm o salário mínimo como referência, sendo que 22,7 milhões são afetadas diretamente e 31,3 milhões de forma indireta.
Isso equivale a aproximadamente 25,4% da população brasileira.
