Democracia sem povo em evento internacional de mulheres na capital alagoana

A organização do 1 Encontro de Mulheres Parlamentares, que acontece na capital alagoana, mostra o afinamento da Câmara Federal com a perspectiva de uma democracia sem povo.

Na abertura do encontro, um grupo representativo da sociedade civil, Movimento Olga Benário, expôs cartazes com frases que pediam o cancelamento do projeto de lei conhecido como PEC do estupro, e a associação de Arthur Lira a uma das propostas mais hediondas entre tantas outras trazidas pela extrema direita no Brasil, revelando a distopia entre a promoção de um evento com chamado mundial para mulheres na política, enquanto no parlamento doméstico busca punir mulheres e meninas vitimadas pela violência de gênero, através do estupro.

Mas a aparição do grupo não foi compreendida como parte de um evento democrático, e o aparato militar removeu das proximidades do Centro de Convenções qualquer resquício de vida real, política real brasileira.

Arthur Lira sabe que seus eleitores estão encabrestados na alçada das prefeituras, e não se importa com manifestações populares.

Em evento recente, na orla lagunar de Maceió, foi vaiado e o próprio presidente Lula, que estava no palanque se deu o direito de ralhar com o povo, no louvor da autoridade. Fato este, que criticamos com legitimidade, pois se os parlamentares podem expressar seu ódio ao povo e à democracia, com estão fazendo o tempo todo, nada mais justo que esse povo os repudie abertamente.

Na foto desta matéria temos uma parte do painel de mulheres apresentado no interior do evento, em sua abertura.

Mostrando ao pé da letra como o Brasil de Lira entende democracia e mulheres: em uma foto, como exposição conveniente.

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