Defensoria Pública cobra inclusão das comunidades do Flexal em acordo da Braskem

O coordenador do Núcleo de Proteção Coletiva da Defensoria Pública, Ricardo Antunes Melro, visitou as comunidades do Flexal de Cima e Flexal de Baixo, nesta quarta-feira, 15, para analisar a situação de cerca de duas mil pessoas, que moram na localidade e enfrentam o isolamento causado pela tragédia geológica provocada pela Braskem.

“Viemos conversar com os moradores e, em breve, pretendemos marcar uma audiência pública aqui com eles. Vamos juntar e formalizar os relatos de cada um e levar tudo para tratar com a Braskem, na tentativa de colocá-los no programa de compensação e realocação. A comunidade precisa de uma rápida solução”, explicou Melro.

Conforme relatos dos moradores, parte dos imóveis apresentam rachaduras, assim como nos dos bairros que tiveram que ser esvaziados. Além disso, a realocação dos moradores de comunidades próximas gerou isolamento socioeconômico e grande insegurança, pois a maior parte do comércio próximo fechou e até o acesso ao transporte público tem sido difícil.

“A Braskem não pode fechar os olhos para o que acontece aqui. A comunidade sofre com a desvalorização dos imóveis, sofre grande abalo emocional. Os moradores enfrentam os riscos gerados pelos afundamentos todos os dias. Mesmo que não haja riscos na localidade, porque o deslocamento do solo ainda não os atinge, eles são obrigados a transitar diariamente por locais já condenados, então, correm risco também. Além de tudo isso, por aqui não tem mais uma padaria, não tem farmácia… As pessoas não conseguem os bens mais básicos de forma acessível. Os equipamentos públicos também não estão funcionando de forma adequada”, acrescenta o defensor público.

Da assessoria

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