O Tribunal Regional Eleitoral absolveu, por 7 a 0, o governador Paulo Dantas, acusado de liberar R$ 15 milhões em emendas parlamentares fora do prazo eleitoral, em 2022. Acusação assinada pela chapa do senador Rodrigo Cunha (derrotado na eleição ao Governo).
Com esta decisão, aumenta a expectativa sobre outra ação, também tramitando no TRE: a distribuição de cestas básicas em programa governamental criado também fora do período eleitoral.
O tribunal ainda não tem prazo para colocar o assunto em pauta. Mas pela composição do TRE local, Dantas tende a escapar do pedido de cassação do mandato, como aconteceu no caso das emendas parlamentares.
Os advogados da chapa de Rodrigo Cunha levarão os dois casos a Brasília, para o TSE. É um movimento natural (Paulo Dantas, se perdesse, faria o mesmo).
Em Brasília temos Renan Calheiros e Arthur Lira transitando nos corredores do Poder. A política supera o Direito, como aliás existe em todos os lugares (incluindo Alagoas).
Paulo Dantas é aliado do presidente Lula e retirá-lo do Governo significa a quebra de um acordo montado na eleição. Dantas fora significa eleição fora de época para substituí-lo, com grandes chances de um nome indicado por Arthur Lira ganhar. Existe interesse neste cenário? Talvez não.
Sigamos o baile.
