O assunto é polêmico e, pelo visto, o prefeito JHC estava preparado para a saraivada de críticas.
Não é todo dia que uma cidade como Maceió, com tantos problemas sociais e ainda se recuperando dos efeitos da pandemia, tenha 8 milhões de reais assim, livres, para gastar. E num desfile de uma escola de samba do grupo especial do carnaval do Rio.
Ainda mais sabendo que o orçamento público é engessado, ou seja, define percentuais para a saúde, educação, Câmara de Vereadores etc. E Maceió é a capital do Nordeste com o pior cobertura do programa saúde da família e ainda tenha três bairros afundando.
Vamos ao que interessa: de onde a Prefeitura vai retirar os oito milhões de reais para bancar o desfile da Beija-Flor na Sapucaí?
Semana passada, a Câmara de Vereadores aprovou uma lei municipal que autoriza a Prefeitura a captar dinheiro privado para eventos de interesse público ou ainda através de emendas parlamentares.
No caso da Beija-Flor: os R$ 8 milhões (ainda não pagos) podem sair em parte ou completamente da iniciativa privada através de cotas de patrocínio negociadas com o município.
Segundo apurou o blog, existem empresários locais interessados em comprar estas cotas.
E se ninguém comprar? A Prefeitura terá de arcar, sozinha, com o valor.
O nome deste contrato assinado com a Beija-Flor é um termo de parceria. Te. obrigações dos dois lados:
– De Maceió, em pagar o valor;
– Da Beija-Flor que trará a bateria da escola de samba para apresentações públicas algumas delas em escolas do município, outras com escolas de samba da capital.
Os oito milhões de reais são divididos assim:
– Seis milhões para pagar o enredo;
– Dois milhões na contrapartida da Beija-Flor que a prefeitura chama de “intercâmbio cultural”.
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