Davi Maia e Bruno Toledo são os deputados estaduais da oposição na Assembleia Legislativa.
É a oposição preferida do governador: pelos gastos que têm para manter um bom time por trás de suas redes sociais, os discursos dos dois quase não encontram eco. Apenas justificam a necessidade de, na disputa eleitoral, existirem dois lados contrários na mesma moeda, em nome da sobrevivência dos grupos que orbitam nomes, interesses, estratégias
Davi Maia e Bruno Toledo se autointitulam conservadores e liberais, mas nem conhecem o significado de termos que cabem tão bem em Roberto Campos ou Nelson Rodrigues; nem suas leituras vão além das previsões de Olavo de Carvalho.
Ambos são apenas herdeiros do modelo semi-escravista das usinas de açúcar ou do modus operandi do fazer político engendrado na República Velha.
Davi Maia é defensor da privatização da Casal porque alguém o convenceu que em Quebrangulo- onde o pai é prefeito- um sistema próprio de abastecimento municipal de água vem acompanhado de um caminhão de dinheiro para o Executivo, através de projetos federais.
Uma tese miúda que de tão descabida nem é citada pelo parlamentar.
Enquanto exalta as maravilhas da privatização do serviço público, quer convocar os diretores da Equatorial- nova dona da Ceal- a explicar as constantes faltas de luz. Porque na Jatiúca ele tem um apartamento, vítima dos apagões.
Bruno Toledo tentou pregar a bandeira de Ricardo Nezinho em seu mandato. A da Escola Sem Partido. Quis enquadrar um professor do interior de Alagoas usando o poder do Legislativo. Não daria certo e nem deu mesmo. Venceu o professor e Bruno foi obrigado a esquecer a derrota, sem um pedido de desculpas.
Nesta terça, tem mais Bruno Toledo e Davi Maia pela TV Assembleia. É mais do mesmo, símbolo da pobreza dos nossos parlamentos, do vazio das discussões, da desnecessária orientação científica para endossar teses, debates, discussões.
Basta a crença pessoal. E o negacionismo intelectual tinhoso.
Um espetáculo. De misérias.