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Davi Davino sabe que 2022 é logo ali

Davi Davino é o representante de uma nova força política que nasce em Alagoas. Nova força política não significa novos métodos do ser ou do fazer nesta seara, mas sim uma correlação de poder que nasce agora e mostrará o seu tamanho em 2022.

Existem três grupos políticos hoje em Alagoas: o de Renan Calheiros; o de Rodrigo Cunha; e o de Arthur Lira.

Davi Davino é ligado a Arthur Lira.

O jovem deputado ficou em terceiro lugar na eleição para prefeito. Os votos de Maceió decidem um pleito majoritário. Ronaldo Lessa ganhou de Fernando Collor na disputa ao governo por causa dos votos de Maceió; desde 2002 Collor buscou se eleger algumas vezes ao Governo. Perdeu todas porque seu desempenho nas urnas de Maceió é muito ruim.

Por isso, JHC tem Ronaldo Lessa como vice. O ex-governador tem bom desempenho nas urnas da capital. Agora, Davi Davino participa deste grupo.

Em 2022, Davino só não será candidato a federal porque seu grupo terá Arthur Lira nesta disputa. E Lira não será candidato ao Senado porque Collor disputa a reeleição. Davi Davino pode escolher a reeleição e manter a atuação apagada na Assembleia. Ou disputar a Presidência da Casa. Ou ser candidato a vice numa disputa ao Governo. Ou ele mesmo disputar o Governo.

Nesta quinta-feira, ele decidiu ficar neutro no segundo turno da capital.

Não existe neutralidade. Existe estratégia. Numa disputa tão renhida, com poucos votos de diferença no primeiro turno entre Alfredo Gaspar de Mendonça e JHC, Davi Davino ganhou o que quis: visibilidade e votos. Resta saber se manterá o que conseguiu.

Por que abrir mão de ser uma força política e entregar este poder para outra força? Afinal, 2022 é logo ali.

PS: após publicação este texto, Davi Davino disse que é candidato a reeleição.

 

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