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Darwinismo social da era Bolsonaro impressiona pelo conjunto que se anuncia da obra

Aos 90 anos, impressiona a vitalidade e a lucidez de Noam Chomsky- um dos principais pensadores do mundo moderno- ao analisar a conjuntura internacional americana e, nos últimos tempos, com bastante frequência, o cenário brasileiro.

Em sua mais recente entrevistaChomsky mostrou o tamanho de Jair Bolsonaro, aquele que quer “transformar o Brasil em caricatura de país”. E após o golpe de 2016- aquele que acusou Dilma Rousseff de pedaladas fiscais, crime legalizado sob Michel Temer- se constrói no Brasil uma “sentença de morte”, assinada por Bolsonaro.

Por várias razões, diz o famoso intelectual: a série de privatizações anunciadas por Paulo Guedes servirá para “pagar dívidas de propriedade das instituições financeiras predatórias que roubam o país”;  a Amazônia servirá aos interesses do agronegócio; diz ainda: “as elites na América Latina simplesmente não têm responsabilidade pelo bem-estar do país”.

E a pauta bolsonarista- substituindo os problemas na educação pelo kit gay ou ideologia de gênero- mostram que as discussões serão desviadas dos nossos olhos. Bolsonaro eleva ao indivíduo mais comum uma guerra fria que não existe mais; criminaliza professores que falem de filósofos ateus ou sexualidade, como vemos em Freud; quer classificar como terroristas seus opositores, como no Chile de Pinochet, o laboratório dos Chicagos’ Boys, linha seguida por Paulo Guedes.

Anota Chomsky: em 5 anos, o Chile estava arruinado na Previdência, na Economia e na Educação. E os opositores nas câmaras de tortura.

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