O grupo palaciano crê que uma miríade de candidaturas para a prefeitura de Maceió deverá dissolver a gestão JHC. Pode ser. Também cada um é livre para acreditar no que quiser.
Por exemplo: o governismo acha que o grande volume de obras anunciado para a capital, com o apoio do ministro dos Transportes Renan Filho, trará votos automáticos na disputa eleitoral marcada para 2024. Estratégia que nem deu certo quando Renan era governador- e os cofres estaduais esborravam dinheiro- nem está dando o resultado aguardado na gestão Dantas, em tempos de escolhidas vacas magras.
Números do Serasa apontam que a inadimplência atinge 426 mil moradores de Maceió ou 41,5% da população; em Alagoas, são 40,2%. Ou seja: pessoas sem capacidade de consumo, sem poder de compra, enroladas em dívidas de cartão de crédito, boletos de água e luz.
E qual a proposta do Governo? Isenção de IPVA a donos de carros elétricos; isenção de ICMS a “pecuaristas alagoanos que desejem abater gado bovino no estado de Pernambuco”; isenção de parte do ICMS de usineiros.
Ora, por que o Governo ajuda a pagar somente a conta dos mais endinheirados ou dos amigos? Por que os consumidores com débitos até R$ 1.000 estão excluídos de tantas isenções?
Sem deixar a bolha, um empolgado Paulo Dantas será apenas um alegre governador. O mundo real, porém, mostra que as exigências são bem maiores.
