Em busca de apoios para viabilizar sua candidatura ao Governo, o senador Rodrigo Cunha (PSDB) sinaliza aproximação com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP). O maior agrado veio com a distribuição das emendas parlamentares. A regional alagoana da Codevasf, comandada por indicados de Lira, recebeu R$ 115 milhões em emendas do senador, em conjunto com o deputado federal Pedro Vilela (PSDB).
Esse é o maior aceno político-eleitoral de Cunha a Lira, desde a eleição de 2018, que deu vitória ao tucano. Ele rejeitou o apoio de Lira naquela votação. O presidente da Câmara busca inflar a candidatura da deputada Jó Pereira ao Governo, apesar da estratégia da família Pereira é que ela dispute uma das nove vagas da Câmara Federal.
Nome quase certo para enfrentar o secretário de Segurança Pública, Alfredo Gaspar de Mendonça- que, por enquanto, é o mais forte governista com chances de suceder Renan Filho (MDB)- Cunha enfrenta problemas para costurar alianças e tenta se aproximar de prefeitos. Durante muito tempo, os gestores municipais eram desprezados pelo senador, que buscava mais contato com o eleitor.
Este ano ele já teve reuniões com o presidente da Associação dos Municípios, Hugo Wanderley, e o prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa (MDB).
Em Maceió, tem participado de mais encontros presenciais e nas ruas com o prefeito JHC (PSB).
Porém, Alfredo Gaspar de Mendonça está em vantagem nesta relação. O governador agrega sua imagem política a do secretário, uma das principais aparições em eventos tanto na capital quanto no interior.
A estratégia, porém, não funcionou ano passado. Mendonça foi derrotado por JHC, apesar dos Calheiros terem assumido todas as linhas de frente e em todas as fases da campanha.
Para os governistas, Cunha é um adversário mais fácil de ser derrotado.
