Ícone do site Repórter Nordeste

Críticas a prêmio Nobel da Paz agitam Europa

A concessão do Prêmio Nobel da Paz à União Europeia (UE) nesta sexta-feira foi recebida com frieza e inclusive certo aborrecimento pelos sindicatos e pela oposição de esquerda na Grécia, que apontam Bruxelas como uma das responsáveis pela queda do bem-estar e pela perda de direitos trabalhistas.

“A decisão do Comitê do Prêmio Nobel da Paz é uma hipocrisia que ofende os povos europeus em um momento em que são vítimas de uma guerra não declarada a todos os direitos sociais”, denunciou em comunicado o Syriza, partido de esquerda que lidera a oposição.

No mesmo sentido se manifestou o Partido Comunista, que rotulou a concessão do Nobel como “um prêmio à eliminação dos direitos trabalhistas”.

Os dois partidos se opõem às políticas de austeridade e de cortes que a UE está impondo à Grécia e que levaram a redução dos salários, pensões e outros gastos sociais.

Nesse sentido, a Confederação Geral dos Trabalhadores da Grécia (GSEE), a maior central sindical do setor privado, lembrou que é uma obrigação da UE zelar pelas condições de vida dos europeus.

“O prêmio evidencia a responsabilidade da UE nesta guerra econômica com milhares de vítimas, mais precisamente no sul da Europa. A UE deve garantir a manutenção da coesão social e do bem-estar em toda Europa”, declarou à Agência Efe Stazis Anestis, um dos líderes do sindicato.

O maior sindicato da Grécia, a Confederação dos Sindicatos de Funcionários Públicos (Adedy), reconheceu que o prêmio é correto no que se refere à manutenção da paz, mas negou que o mesmo signifique o reconhecimento ao respeito pela democracia e os direitos humanos por parte da UE.

“Estão equivocados com esta decisão se querem premiar o respeito à democracia, aos direitos humanos e sociais, porque um grupo de banqueiros e burocratas quer tirar todos os direitos dos povos europeus”, criticou Ilias Iliopulos, secretário-geral da Adedy.

As informações são da EFE

Sair da versão mobile