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Crise no MEC mostra que fantasmas de Olavo de Carvalho não são o mundo real

Está claro: a caça aos comunistas, o kit gay, a esquerda, Paulo Freire, os inimigos de Olavo de Carvalho não são os maiores problemas da educação no Brasil.

Por isso, não é de estranhar que Ricardo Vélez, ainda no comando do Ministério da Educação, tenha praticamente sido demitido pelo chefe, Jair Bolsonaro.

Vélez tentou aplicar na prática a pauta de Bolsonaro: hino nacional nas escolas, acompanhado do lema “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”; mudar a história nos livros que retratam 1964; perseguição a professores.

Isso não mudou o cenário das escolas públicas, pressionadas pela violência, o tráfico de drogas, as milícias, a fome, o desemprego dos pais dos alunos, os baixos salários dos profissionais do ensino.

Confirmada a queda de Vélez, não será por incompetência.

Mas, sim, porque são outros os problemas no mundo real.

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