Gazeta de Alagoas
A gerente do Núcleo de Doenças Imunopreveníveis, Claudeane Nascimento, da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) informou ontem que o óbito da estudante Valéria Alves da Silva, 7 anos, ocorrido no último domingo no Hospital Escola Doutor Helvio Auto (HEHA), em Maceió, ainda está sob investigação. Vísceras e o plasma (soro) da paciente, oriunda de Maragogi, foram colhidos e encaminhados ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). O resultado sai entre sete e quinze dias. A suspeita inicial foi de dengue hemorrágica, mas o quadro clínico apresentado e o hemograma realizado sugerem doença meningocócica (meningococcemia).
“Vamos aguardar o resultado da sorologia para definirmos se foi dengue hemorrágica ou meningococcemia, mas, preventivamente, já determinamos que se faça uma quimioprofilaxia, ou seja, a medicação dos parentes e pessoas mais próximas da vítima para quebrar a cadeia e evitar a contaminação de outros indivíduos”, explicou Claudeane Nascimento.
A doença meningocócica é uma infecção bacteriana aguda que pode levar à morte em pouco tempo, causada pela bactéria Neisseria meningitidis. Ela pode causar inflamação nas membranas que revestem o sistema nervoso central (meningite) e, no caso aparente de Valéria, cair na corrente sanguínea, causando infecção generalizada (meningococcemia).