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Crescem os negócios da economia criativa

Editoria de Economia

A economia criativa só faz aumentar a sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) e isso vem ocorrendo desde 2004. Como o nome diz, o setor inclui um leque de atividades enorme, englobando audiovisual, design, moda, arquitetura, música, mídias digitais, publicidade e empreendimentos da área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs). Em todo o País, ocorreu um aumento de 69,8% do Produto Interno Bruto (PIB) desse setor no Brasil entre 2004 e 2013 – enquanto a média de crescimento na economia nacional foi de 36,4% – e um incremento de quase 90% na quantidade de trabalhadores formais em todo o País. Em Pernambuco, eles representavam 1,1% dos trabalhadores formais em 2004 e passaram a responder por 1,4%. Formado em produção fonográfica, o músico George Mendes abriu uma empresa para oferecer um serviço chamado music branding, uma seleção de músicas que ajudam a compor um ambiente para vender um produto. “Faço uma análise do local, do público que frequenta, da classe social e dos horários de pico, da arquitetura do imóvel e elaboro uma seleção musical que tenha a ver com a marca”, conta.

“Quando morei fora, entrei numa loja em Paris e percebi que o estabelecimento tinha uma seleção musical direcionada a marca. A ideia surgiu daí”, afirma Mendes. Hoje, a empresa dele, a OK Muzik tem sete clientes fixos no Recife e cinco em São Paulo. “É a minha renda principal. Também faço trilha para filmes, desfiles, entre outros”, conta.

A música é um dos setores da economia criativa que está em alta no Estado. “Nos últimos anos, percebemos um aumento gradativo da quantidade de eventos de música e de estúdios. Ocorreu um aumento de mais de 100% na procura pelo curso de produção fonográfica. Em 2008, eram 20 a 25 alunos quando o curso começou por turma. Atualmente, são 55 estudantes”, diz o coordenador do curso de Produção Fonográfica da Faculdades Integradas Barros Melo (Aeso), Ricardo Maia. O curso de produção fonográfica é centrado nas áreas técnicas e é o único do Norte e Nordeste desse tipo. Ele argumenta que as artes são integradas e que a música está relacionada com a área de jingles, cinema, sound music (a música para um determinado ambiente) etc. “Tudo isso requer uma profissionalização maior”, conclui.

“É importante estar se qualificando, fazendo novos cursos e conhecendo novas tecnologias. A economia criativa é um setor que carece de profissionalização”, diz o gerente de Fomento a Empreendedorismo do Porto Digital, Marcos Oliveira. O braço de economia criativa da instituição, o Porto Mídia, oferece vários cursos de curta duração, inclusive alguns que dão treinamento em equipamentos como o Light Base, o photoshop do audiovisual. Em todo o Nordeste, somente no Recife há um equipamento desse tipo. Os demais estão no Sudeste do País.

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