CPIs na Assembleia Legislativa de Alagoas viram ‘Operação Cuscuz’

“O Direito não socorre quem dorme”. A frase do desembargador James Magalhães, do Tribunal de Justiça, pode servir para a mais nova crise de credibilidade da Assembleia Legislativa de Alagoas: o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o senador Fernando Collor, mandam a oposição da Casa juntar assinatura para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias de corrupção, assinadas pela Mesa Diretora.

A intenção é que Collor e Renan tenham um palanque no Legislativo nas eleições do próximo ano- contra o governador Teotonio Vilela Filho.

Mas, a história das CPIs da Assembleia é de sono profundo. Nem o Direito nem a credibilidade das palavras socorrem os discursos. A CPI da TIM- que deveria investigar e melhorar os serviços de telefonia móvel- fracassou. A da Eletrobrás mostrou apenas os maiores devedores de luz em Alagoas- encabeçada pelo usina Seresta, da família do governador.

Comerciantes e moradores ainda reclamam dos serviços da estatal, que deve ser privatizada- sob profundo silêncio do PT de Alagoas.

A Operação Cuscuz- para abafar as mais novas denúncias contra o Legislativo- vai a pleno vapor.

Abafar é um verbo que nunca dorme na Casa de Tavares Bastos.

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