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Cotas: UFC quer percentual mínimo para vagas

A reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC) deve apresentar ao Conselho Universitário da instituição (Consuni), em reunião no próximo dia 30, a proposta de reserva de 12,5% das suas vagas para atender a lei das cotas. Sancionada pela presidente Dilma Rousseff no último 29 de agosto, a lei foi regulamentada pelo decreto nº 7.824 e publicada, ontem, no Diário Oficial da União.

Por ela, até 2016, devem ser destinadas 50% das vagas disponíveis nas instituições federais de ensino superior aos estudantes de baixa renda e aos que se declaram negros, pardos ou indígenas. A reserva de vagas pelas 59 universidades federais do País pode ser adotada gradualmente. O percentual mínimo, previsto já para o próximo vestibular, é de 12,5%.

Reitor da UFC, Jesualdo Farias diz que a opção pela fração mínima é resguardo para adaptação segura da universidade à mudança. “Vejo como o mais razoável no momento. Precisamos de uma leitura do cenário. O assunto é novidade para nós. Quero que o processo aconteça sem prejudicar, principalmente, a assistência estudantil que já temos planejado no orçamento de 2013”, explicou.

A assistência de que fala o reitor diz respeito à bolsa de iniciação acadêmica destinada a aproximadamente 650 estudantes carentes vindos, em sua maioria, do Interior, mas que também beneficia estudantes da Capital. Cada um deles recebe R$ 400 para custear despesas dos estudos. O aporte vem de recursos federais, pelo Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAI), e das receitas da própria universidade.“Queremos acolher bem todos esses estudantes, sem prejudicar ninguém”, ratifica Jesualdo.

O gestor da UFC lembra que o percentual de 12,5% será aplicado por curso. Por exemplo, de todos os ingressantes em Medicina, 12,5% serão via lei das cotas. Nessa determinação está a segunda preocupação de Jesualdo. “Estamos nos planejando também para que não ocorra jamais alguma exclusão ou desnível de conhecimento.”

Declaradamente contra as cotas, o reitor reafirma seu esforço em acatar da melhor forma “a imposição”. “Se é lei, vamos trabalhar. Mas acredito muito mais em um projeto de melhorias da educação básica. Sou muito romântico nessa área. Queria que as cotas não fossem necessárias”, declara.

As informações são do Jornal O Povo

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