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Coronavirus leva Aílton Villanova, aos 79 anos

O radialista, jornalista e perito Ailton Villanova morreu na noite desta quinta-feira no dia em que o Brasil completou os 200 mil mortos por coronavirus. Villanova entrou na cruel estatística.

Com passagens da TV ao rádio, e principalmente pelo impresso onde mantinha sua coluna por décadas, Ailton Villanova trabalhou na Gazeta de Alagoas ainda na época de Arnon de Mello. Sua coluna estava atualmente na Tribuna Independente.

Veja mensagem escrita pelo filho, Léo:

Nesta quinta-feira, 07 de janeiro de 2021, no preciso horário das 20h46, eu deixei de acreditar na lenda dos Highlanders, aqueles que seguem na Terra não importa qual seja o desafio que a morte lance à sua frente. Foi nesse dia e hora que meu pai, Ailton Villanova, se foi.

Ele enfrentou cada um desses desafios com coragem incomum. As dezenas de centímetros de cicatrizes no corpo eram as suas testemunhas fiéis, que nunca deixaram ele mentir. Foi pego na traição por um inimigo invisível e covarde, que, quando se revela, já tem forma de doença avassaladora e, por essas bandas, já riu como um palhaço das mais de 200 mil famílias que dilacerou.

Nós , os parentes, nem pudemos nos despedir dele. Os muitos amigos que ele prezava tanto, nem vão poder prestar aquela última homenagem, que seria um misto de choro e lembrança divertida de uma das muitas histórias que ele contava todos os dias. Esse é o último requinte de crueldade dessa doença.

Agradecemos a todos os amigos e parentes que durante os últimos dias lançaram sobre meu pai e nossa família as melhores energias e orações. Não abandonem essa corrente de generosidade e boa vontade se protegendo e protegendo quem vocês amam de verdade. Ainda temos um longo caminho pela frente até que possamos ver novamente os sorrisos uns dos outros nas ruas das nossas cidades.

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