Repórter Nordeste

Copa registra obras atrasadas, caras demais e suspeita de corrupção. Na Rússia

Poderia ser o retrato do futebol brasileiro, mas também serve perfeitamente para a Rússia, rival do time de Luiz Felipe Scolari amanhã, em Londres.

Sede do Mundial de 2018, a Rússia até parecia que iria golear o Brasil, palco de 2014, na preparação para a competição.

Mas a coisa não é muito diferente. Obras atrasadas, estouro no orçamento e suspeitas de corrupção já estão na mesa a praticamente cinco anos do Mundial russo.

O caso que mais preocupa é o de um dos estádios mais importantes da Copa, que está sendo construído em São Petersburgo. A previsão é que o estádio ficasse pronto em 2008. Mas até agora nada. E os custos não param de subir, e já estão na casa do U$ 1,4 bilhão, ou praticamente o dobro do que vai custar o estádio de Brasília, a mais cara arena brasileira para 2014.

Não sem motivos. Foram descobertas várias fraudes no processo de construção do estádio, como falta de alvarás e o pagamento de propina para a obtenção de licenças.

Outros estádios, principalmente em cidades menores, ainda não saíram do papel e até já mudaram de terreno.

Se a CBF passa por momento turbulento desde que Ricardo Teixeira renunciou e José Maria Marin assumiu, a federação russa é um tormento constante.

Nos últimos quatro anos, nada menos do que dois presidentes renunciaram. Um por causa de ter sido acusado de inflar gastos pessoais em viagens a trabalho _em um evento no Canadá, cobrou 92 cafés da manhã numa estadia de 20 dias.

O último a sair foi Sergei Fursenko, que caiu após o fracasso da Rússia na Eurocopa do ano passado. Segundo a mídia local, quem decidiu pela saída foi o todo poderoso Vladimir Putin, o principal líder político da Rússia e que tem forte influência no esporte.

As informações são da ESPN

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