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Contra a bolsoburrice: jogue poesia no ar

Não devemos acostumar com a banalização da maldade opinativa que uma horda de acéfalos propaga diuturnamente pelos canais midiáticos de uso comum. Precisamos sustentar a proposta da liberdade como algo vinculado à ética, ao pluralismo democrático, na preservação dos direitos, pois liberdade e libertinagem são como água e azeite, e na prática, não se misturam.

Não podemos em nome da liberdade manipulada, conviver normalmente com frases que incitam a violência sobre os corpos das pessoas, porque elas pensam e vivem de maneira própria. Amar a vida é atitude ampla, e sempre envolve tomada de postura.

O outro não existe para ser destruído. Pois para você o outro sou eu, e eu quero viver também!

A juventude que extravasa frustrações em forma de ativismo político esvaziado de sentido e conhecimento, geralmente movida por ideais religiosos fincados em estigmas perversos, que trabalha a negativa do homossexual, da mulher, do negro, do trabalhador e do comunista, precisa receber nossa cota diária de resistência, na valorização ética da liberdade de ser.

Sabemos por experiência que não há diálogo com essa turba de pseudomoralistas e salvacionistas de plantão, por essa razão, precisamos escancarar nossa militância ostensiva nas hostes da adesão às causas da vida, em aspecto social, cultural, político.

Por isso, precisamos continuar falando sobre identidade de gênero, divisão e interesse de classes, igualdade racial e empoderamento feminino, diversidade sexual e política, como elementos de normalidade e enriquecimento cultural, histórico, sob bases de construção da sociedade democrática.

Pega a sua poesia e põe debaixo do braço, leva ela para as ruas e distribui no ar. Nosso país precisa voltar a se amar livre, nossa reação precisa continuar terna e nos momentos de enrijecimento, sejamos racionais e éticos, mas sejamos ativos!

Por mais beleza e menos desespero, o Brasil seja de cada brasileiro, com ética e respeito à diversidade.

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