O presidente do Conselho Estadual de Segurança, Maurício Brêda, ameaçou prender- com aval da Secretaria de Defesa Social- os médicos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar que se recusarem a fazer exames de perícia no Instituto Médico Legal (IML). O objetivo do conselho- em resolução publicada na semana passada- era suprir a carência dos profissionais.
O caso foi discutido em reunião do Conselho Estadual de Segurança, na tarde desta segunda-feira (29). Os conselheiros criticaram a decisão dos médicos militares.
Segundo eles, a decisão do conselho fere o Código de Ética Médica. E eles foram orientados pelo Conselho Regional de Medicina a não realizar os atendimentos.
“A determinação do conselho diz que apenas na ausência do legista os militares deveriam fazer o serviço, mas no IML o problema é a carência. O militar não se sente seguro em emitir algum laudo. Imagine se chega alguma vítima de um atentado e, se for feito um laudo errado, poderá prejudicar o caso. E o militar é que será punido”, explicou o diretor de Saúde do CB, tenente-coronel Luiz Medeiros.
O diretor do IML, Luiz Mansur, disse que os médicos-militares vão atuar nos exames cautelares e em casos de presos que serão transferidos ao sistema prisional e não apresentem lesões.