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Como fazer duas plásticas de uma só vez sem causar danos à saúde

Entre os anos de 2009 e 2012, o número de cirurgias plásticas no Brasil cresceu 120%. Com esse aumento espantoso, o país ultrapassou os Estados Unidos e se tornou o primeiro lugar do ranking mundial na proporção cirurgia x habitante. Além do aumento no número de procedimentos, a tecnologia vem colaborando cada vez mais para que o período pós operatório seja menos doloroso e os procedimentos mais rápidos e seguros.

Devido a esses motivos, muitas pessoas que decidem se submeter a um procedimento cirúrgico, aproveitam e fazem um segundo procedimento junto – com a aprovação do médico. “Ao contrário do que parece, muitas cirurgias estéticas podem, sim, ser associadas sem comprometer a saúde, como forma de otimizar o tempo do paciente e garantir sua satisfação. Quem passa por essa experiência, tem apenas um pós-operatório, recebe anestesia uma única vez e se recupera de duas técnicas em um único período”, comenta o Dr. Alderson Luiz Pacheco, cirurgião plástico da Clínica Michelangelo, de Curitiba – PR.

Pacheco, que é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), comenta que normalmente cirurgias conjuntas são mais requisitadas pelo público feminino – e são elas a prótese mamária acompanhada da lipoescultura, a mamoplastia com a lipoescultura, a abdominoplastia com a lipoescultura e o aumento das nádegas, além da mamoplastia somada à abdominoplastia.

Porém, o médico lembra que, apesar de poder ser realizada, as cirurgias em conjunto precisam de alguns cuidados em especiais. Segundo a própria SBCP, a cirurgia “dois em um” não deve atingir mais de 40% da área corpórea, e sua duração não deve passar de seis horas. “Esses limites são estabelecidos porque, caso ultrapassados, as chances de complicações no pós-operatório aumentam”, explica o cirurgião.

Os cuidados devem ser ainda maiores caso sejam associados procedimentos envolvendo o corpo e a face, pois as orientações pós-operatórias, nestes casos, são ainda mais rígidas. “Por exemplo: uma pessoa que faz mamoplastia e uma cirurgia nas pálpebras deve deixar compressas geladas na região dos olhos, – mas, ao mesmo tempo, ela não pode fazer muitos movimentos com o braço. Nesse caso, ela precisará impreterivelmente de ajuda”, explica o especialista.

Pacheco lembra que quando as orientações dadas pelo médico – e pela SBCP para o médico – não são seguidas, os riscos podem ser mais sérios. “O corpo perde uma quantidade de sangue grande durante a operação, dessa forma, a cicatrização também pode ser mais demorada” explica. Por isso, é importante que o cirurgião avalie todos os prós e contras envolvidos na associação das técnicas cirúrgicas, converse com o paciente sobre a cirurgia e, quando a escolha for tomada, seja ela qual for, que seja tomada de forma consciente.

Doutor Alderson Luiz Pacheco (CRM-Pr 15715)- Cirurgião Plástico- Site: http://www.alplastica.comhttp://www.michelangeloclinica.com.br

Blog: http://draldersonluizpacheco.wordpress.com

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