Não são raros os momentos em que Jair Bolsonaro faz questão de mostrar quem é que manda na Polícia Federal.
E a pressão na PF será ainda maior: é ela quem vai investigar Carlos e Eduardo Bolsonaro, acusados pelo deputado federal Alexandre Frota de gestão e envio em massa de notícias falsas.
Sabe-se que as instituições brasileiras se esforçam bravamente para manter Bolsonaro no poder. As investigações do assassinato de Marielle Franco e seu assessor Anderson Gomes mostram um pedaço disso: as instituições não respondem se existem relações entre o presidente da República e os acusados na morte da vereadora, pessoas que moravam no mesmo condomínio de luxo de Bolsonaro.
(Lembra do depoimento do porteiro do condomínio? Lembra que ele mudou sua versão para o que viu no dia do crime exatamente na PF de Bolsonaro? Com aval de Sérgio Moro? Onde está o porteiro?)
Também existe um enorme esforço destas instituições para enterrar os mais de 50 pedidos de impeachment contra Bolsonaro, mesmo com acusações de crime contra a humanidade tramitando no Tribunal Internacional, mesmo que estes pedidos tenham provas apontando para crime de responsabilidade cometido pelo presidente.
Porém, o abraço do ministro do STF Dias Toffoli em Bolsonaro diz tudo. Mesmo que a PF incrimine os Bolsonaro baseando-se nas provas levantadas por Frota, superando todas as pressões do Palácio do Planalto, o resultado das investigações chegará ao STF.
E as instituições mostram que estarão funcionando, salvando os Bolsonaro da morte política.
Seguem os jogos do poder no Brasil.