Como a PF descobriu e prendeu simpatizante do nazismo em Maceió?

A Polícia Federal realizou nesta sexta-feira (4) uma operação em Maceió para investigar um morador da capital alagoana suspeito de promover símbolos e ideologias nazistas por meio de um perfil anônimo em rede social. A ação, batizada de Operação Nuremberg, cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do investigado, onde foram recolhidos equipamentos eletrônicos e materiais que teriam sido usados nas postagens.

As investigações começaram no início do ano, quando agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos identificaram publicações com apologia ao regime nazista, incluindo imagens de suásticas e mensagens exaltando práticas discriminatórias. Apesar do anonimato do perfil, técnicas avançadas de rastreamento digital permitiram à PF localizar o responsável.

Segundo a corporação, o conteúdo divulgado configura crime de racismo, conforme o artigo 20, §1º, da Lei nº 7.716/89, que prevê pena de 2 a 5 anos de reclusão para quem dissemina símbolos nazistas ou discursos de ódio por meio da internet. A Constituição Federal classifica o racismo como crime inafiançável e imprescritível.

A PF alertou que esse tipo de conduta pode estimular comportamentos violentos fora do ambiente virtual, especialmente entre adolescentes e jovens adultos. Os materiais apreendidos serão submetidos à perícia técnica para aprofundar a análise das provas.

O nome da operação faz referência à cidade alemã de Nuremberg, onde líderes nazistas foram julgados por crimes contra a humanidade após a Segunda Guerra Mundial.

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