Como a harmonização facial e ciúmes levaram à cassação de deputada

Após a cassação do mandato da deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) devido aos gastos indevidos com verba pública destinada para campanha política de 2022, a denúncia feita pelo Ministério Público Eleitoral aponta que a parlamentar utilizou parte do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para pagar por uma harmonização facial.

A apuração é do Portal Metrópoles.

A denúncia foi feita por Maite Martins, coordenadora de campanha de Silvia, que alega ter recebido o dinheiro da campanha e repassado para o procedimento estético a pedido da deputada.

O cirurgião-dentista Willian Rafael Oliveira confirmou ter realizado um tratamento de harmonização facial em Silvia e ter recebido os pagamentos de R$ 7 mil e R$ 2 mil de Maite.

No entanto, a defesa da deputada alega que o procedimento em questão era uma aplicação de peeling para descamação e renovação da pele, e não uma harmonização facial.

Silvia afirma ter conhecido o dentista no dia seguinte ao suposto procedimento e ter recebido o tratamento como presente da colaboradora.

A relação conflituosa entre Silvia Waiãpi e Maite atingiu um ponto critico que resultou em um caso de polícia, com invasão na casa da deputada por parte de Maite em busca de documentos, e posteriormente Maite apresentando um recibo como prova de supostas irregularidades.

Ambas as partes registraram boletins de ocorrência relacionados a espionagem e calúnia, enquanto o processo continua em investigação pela justiça eleitoral.

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