Comemoração do ‘Dia do Jovem Combatente’ deixa 22 detidos no Chile

AFP

A polícia chilena informou a detenção de 22 pessoas e um policial ferido em um primeiro registro dos distúrbios que ocorreram na madrugada de sexta-feira em Santiago, na celebração do ‘Dia do Jovem Combatente’, que lembra o assassinato de dois jovens durante a ditadura.

Na noite anterior ao 29 de abril, data que tradicionalmente é marcada por atos de violência, foram registrados distúrbios isolados e os primeiros registros indicam 22 detidos, segundo a rádio Cooperativa.

Na comunidade de San Bernardo, no sul da capital, grupos de encapuzados acenderam fogueiras no meio das ruas, enquanto em La Pincoya, homens não identificados queimaram pneus e atiraram bombas de fabricação caseira.
Em várias comunidades de Santiago foram ouvidos disparos e houve falta de luz por causa de ataques à rede elétrica, informaram meios de comunicação locais.

A polícia enfrentou em vários bairros da periferia grupos de encapuzados, aos quais repeliu com jatos d’água e bombas e gás lacrimogêneo.

Enquanto isso, um policial ficou ferido depois de ter sido atingido por uma pedra.

No Dia do Jovem Combatente, data extraoficial, é recordada a data em que os irmãos Eduardo e Rafael Vergara Toledo foram mortos por policiais em Santiago, em 29 de março de 1985, durante a ditadura de Augusto Pinochet.

Todos os anos, na madrugada anterior a este dia, são registrados distúrbios e confrontos com a polícia em povoados da periferia, que concentram altos índices de exclusão social.

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