Repórter Nordeste

Combate de ring girls: quem manda melhor, brasileiras ou americanas?

EGO

Ser uma ring girl é o novo sonho de consumo das saradas famosas no Brasil. O posto, que tem sido ocupado por ex-BBBs como Adriana e ex-assistentes de palco como Aryane Steinkopf e Nicole Bahls, ganhou status após a explosão do MMA no mundo todo. Mas o perfil das ring girls lá de fora difere e muito do das brasileiras, que são mais bombadas.

“A diferença entre ring girls brasileiras e americanas reflete a diferença entre a mulher brasileira e a americana. As brasileiras são mais encorpadas”, diz o ex-lutador Wallid Ismail, presidente do campeonato Jungle Fight, em entrevista ao EGO.

Aryane Steinkopf (Foto: Arthur Castro / Divulgação)Aryane Steinkopf (Foto: Arthur Castro / Divulgação)

Considerada a ring girl número um por fãs brasileiros, Geisa Vitorino, que exibe a cada luta seus 60kg distribuídos por 98cm de busto, 68cm de cintura e 101cm de quadril, comemora que seu padrão de corpo seja requisitado nos ringues. E alfineta as magrinhas americanas. “Não entendo o critério, pois elas não têm o corpo nem o rosto bonitos. Se ao menos fossem como as modelos da Victoria’s Secret…”, diz Geisa, que só elogia a americana Arianny Celeste, mais famosa ring girl do UFC.

Arianny, aliás, que já posou com a também americana Chandella Powell para o Paparazzo, tem medidas, digamos, bem mais enxutas que as de Geisa: são apenas 50kg, 86cm de busto, 63cm de cintura e 83cm de quadril. “Queria ter o corpo como o das brasileiras”, disse Arianny, durante o ensaio sensual, na época.

Novo mercado é lucrativo: R$10 mil por evento Outra diferença entre as meninas daqui e de lá é a fama. Marcelo Alex, CEO do Amazon Forest Combat (AFC), diz que seu campeonato foi o primeiro a convidar mulheres já famosas para o ringue. “Com a explosão do MMA, a produção não pode mais ficar restrita ao octógono, por isso chamamos quem está na mídia. Já nos Estados Unidos, elas ficaram famosas por serem ring girls e não o contrário”, explica.

Com um cachê que varia em torno de R$10 mil por evento, a possibilidade de ser vista por milhares de pessoas – ao vivo e na TV – e ainda assistir, de um lugar privilegiado, a disputas entre os maiores lutadores do mundo fazem do posto de ring girl uma posto cobiçado.

“Sou fã de MMA, sempre assisti às lutas, bem antes de o esporte se tornar uma febre no Brasil. Conheço bastante tanto os lutadores quanto as regras. É muito legal poder sentir de perto a adrenalina dos lutadores, é emocionante”, diz a ex-panicat Ariane Steinkopf, que sonha ser ring girl do UFC no Brasil.

Gracyanne Barbosa, que atuou como ring girl no Shottoo Brasil, gostou da experiência e pretende continuar. “É o tipo de evento com o qual me identifico. O esporte sempre fez parte da minha vida, não só por uma questão de estética, beleza, mas pela saúde e qualidade de vida que ele proporciona a quem pratica.”

Pré-requisitos para ser uma “garota da placa”

Geisa Vitorino, do Jungle Fight (Foto: Divulgação)

Para desfilar com as placas dos rounds em volta do ringue, as moças precisam de algo mais além da beleza. Na opinião de Geisa, que atua como ring girl desde 2009, simpatia e humildade também são importantes. “A pessoa tem que estar disposta a tirar fotos com o público. Uma vez uma assistente de palco, cujo nome não vou citar, ficou com preguiça de fotografar”, critica.

O promoter do Max Fight, Ricardo Saldanha, diz que costuma escolher mulheres com perfil de esportista. “Como nosso público é em sua maioria de casais, preferimos um figurino mais comportado, como calças e tops maiores, sem vulgaridade. As mulheres até elogiam”, diz.

Em meio a dois homens fortes e brutos lutando, a presença das moças no palco obviamente dá um colorido à parte ao show. E por conta disso, as cantadas sempre acontecem. “Ouço coisas legais, como ‘Te amo!’, ‘Casa comigo!’, mas o pessoal também pega pesado(risos)”, conta Geisa.

A dançarina Vanessa Acerbi, ring girl do Max Fight, diz adorar a reação do público. “Os homens ficam chamando meu nome, me pedindo para olhar. Mas eu não olho, tenho medo de cair (risos).”

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