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Com Brasil em crise, Governo joga isca para mercado chinês, mas desafio ainda é analfabetismo

O anúncio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações de que Alagoas ocupa a 8ª colocação no país em investimentos em tecnologia fez o Governo jogar a isca a empresários brasileiros.

Se a era Michel Temer reduz em 44% o orçamento do ministério para este ano e a anuncia novo corte de 15,5% para 2018, o Governo aproveita para mostrar que vai colocar mais dinheiro na pasta, além de 10% da receita corrente líquida para investir apenas em obras em 2018.

Em tempos temerários, é muito dinheiro.

São quase R$ 1 bilhão da receita corrente, livres, enquanto se anuncia um novo Programa de Recuperação Fiscal para atrair endividados do ICMS em novembro.

Nada é por acaso.

Os empresários alagoanos miram o mercado chinês- o PIB que mais cresce no mundo. Em julho, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Helder Lima, esteve na China.

Em Alagoas, acontece até amanhã (11) o 6º Encontro Internacional de Negócios (ENIN), que teve o Governo como convidado, evento promovido por empresários alagoanos. Alvo? O mercado chinês. E quem veio? A Confederação Nacional da Indústria e agregados.

Sem dúvida, um grande peso, apesar do percentual de analfabetos entre a população ser de 20% em Alagoas, o maior do Brasil- impeditivo para uma entrada a curtíssimo prazo deste público no mercado de trabalho.

Escola boa, criança bem alimentada, salário bom para o professor, condições de trabalho humanas e humanizadoras desta escola ainda são os caminhos para melhoria de renda do alagoano do futuro e, consequentemente, aumento das finanças.

Contrário a isso, é voo de galinha.

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