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Collor pressiona Dilma por 2014 e critica Brasil Mais Seguro

O senador Fernando Collor (PTB) resolveu deixar os bastidores e pressionar, diretamente, a presidente Dilma Rousseff pelo apoio a ele nas eleições ao Senado em 2014. Rival de Collor na vaga, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) está mais próximo do Palácio do Planalto.

A pressão de Collor é pelo funcionamento do plano “Brasil Mais Seguro”- tratado como o modelo de segurança a ser adotado no futuro, no país inteiro. O plano é acompanhado, passo a passo, pela presidente da República. Alagoas é o estado mais violento do Brasil, segundo o Ministério da Justiça.

Em editorial da Gazeta de Alagoas, neste domingo, reproduzido abaixo (Leia também aqui), o senador critica a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki- sem citar o nome dela- e o governador, além do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. “Claro que não se ataca a violência com um pacote bem intencionado e mais nada. E às vezes parece que estamos diante de algo assim. Para constatar que o governo estadual patina na luta contra a criminalidade, basta ver a situação de delegacias – na capital e interior – e os quadros da Polícia Militar”, explica o editorial da Gazeta.

Veja abaixo

O fracasso de um plano que salvaria Alagoas 

Um festival de medidas midiáticas. Assim têm sido as ações e tudo o que diz respeito ao Programa Brasil Mais Seguro, que foi lançado em Alagoas pelo governo federal em junho do ano passado, mas até agora não disse, realmente, a que veio.

Praticamente a cada semana, desembarca em Maceió um representante do Ministério da Justiça, supostamente para acompanhar a aplicação das medidas e verificar os números depois que o plano foi definitivamente implantado.

Mais de meio ano depois, era de se esperar que Alagoas estivesse em outra situação no que se refere aos indicadores da violência.

Mas nada disso aconteceu até agora. Na última sexta-feira, a representante do Ministério da Justiça aqui esteve mais uma vez. Como nas outras ocasiões, posou ao lado do governador e do secretário da área de segurança. Falou, mas não disse nada esclarecedor.

A representante do governo federal fez algumas suposições e parecia teorizar quando disse que o aumento do número de homicídios em janeiro já era esperado.

Esperado por quê?

A resposta não veio e certamente não há muita chance de encontrá-la por aí; não há muita lógica na afirmação. De todo modo, se alguém souber, detém uma informação valiosa.

Fato é que, como na sexta última, as autoridades, incluindo o governador, trataram de repetir as mesmas divagações. Falam, mas não dizem nada.

Claro que não se ataca a violência com um pacote bem intencionado e mais nada. E às vezes parece que estamos diante de algo assim.

Para constatar que o governo estadual patina na luta contra a criminalidade, basta ver a situação de delegacias – na capital e interior – e os quadros da Polícia Militar.

Delegacias estão caindo, literalmente, delegados não comparecem àquele ambiente porque consideram que seria desumano. A Perícia Oficial continua como antes do plano, sem investimento, com pouquíssimo pessoal, improviso nas instalações e um eterno clima de insatisfação.

De fato, é complicada a situação. Estamos quase repetindo a historinha famosa, citando o Estado no lugar do Brasil.

Ou Alagoas acaba com isso ou isso acaba com Alagoas. É por aí.

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