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Collor escolhe o silêncio como aliado para reverter condenação no STF

Brasília - O senador Fernando Collor de Mello participa da sessão do Senado destinada a analisar e votar projetos orçamentários. Entre os projetos o PLN 5/15, que ajusta a meta fiscal (Valter Campanato/Agência Brasil)

Fica óbvio que o príncipal erro de Fernando Collor foi estar ao lado de Jair Bolsonaro quando o então presidente incitava o fechamento do STF.

Até pelo simbolismo. O próprio Collor- primeiro presidente eleito pelo voto direto após a redemocratização- disse em depoimento ao jornalista Geneton Moraes Neto que teve a chance de fechar o Congresso para evitar o impeachment. Não usou o expediente.

Uma década depois, foi eleito senador por Alagoas. Veio Bolsonaro e os desejos do golpismo. Collor nada disse contra. Nem a favor.

Para encerrar a vida pública “por cima”, disputou o Governo. Perdeu. O STF condenou-o a 8 anos e 10 meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva – rescaldo da Operação Lava Jato.

Desde então, optou pelo silêncio. Não partiu para o confronto, nada de agressões gratuitas, sumiu das vistas públicas.

Em junho a Corte analisa os argumentos de Collor contra a prisão.

O STF é uma Corte política. E pode reverter a própria decisão. Ou não.

(E são longos e muitos os caminhos para o fim deste processo).

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