O candidato do PRB à prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, disse que a equipe jurídica de sua campanha estuda adotar medidas contra o PSDB por causa de uma cartilha orientando militantes a criticá-lo. O material compara o candidato do PRB ao ex-presidente Fernando Collor, apresenta-o como representante do “projeto de poder” do bispo Edir Macedo e diz que ele declarou patrimônio de R$ 2 bilhões – o candidato declarou à Justiça Eleitoral R$ 2 milhões. A produção do material foi revelada pelo jornal “Folha de S. Paulo”.
– Se houver medida jurídica a ser tomada, o corpo jurídico vai cuidar disso. Minha equipe está estudando – disse Russomanno, que participou de almoço com empresários da área de eventos.
Antes, em discurso, o candidato a vice na chapa de Celso Russomanno, Luiz Flávio D”Urso, disse que se “assustou” com a cartilha:
– Eu me assustei com a cartilha feita por um determinado partido. É uma mentira.
Nos últimos dias, o petista Fernando Haddad e o tucano José Serra têm subido o tom das críticas ao atual líder das pesquisas. Para Russomanno, as críticas são parte de uma estratégia dos adversários que “não está dando resultado”.
– O tiro está saindo no pé – afirmou.
José Serra negou que a cartilha tenha sido produzida por sua campanha eleitoral. Segundo ele, o material, que “não tem sentido”, foi feito por um membro do diretório municipal do partido, que o produziu “sem pensar muito”.
– É um rapaz que escreveu aquilo, que, aliás, não tem sentido. Não é coisa da campanha eleitoral. Você acha que a campanha ia colocar números errados? Se fosse fazer, colocava pelo menos números certos – disse Serra.
O tucano, que visitou uma feira municipal, ironizou a disposição do adversário do PRB de adotar medidas contra a sua campanha eleitoral pela produção do material. Serra disse que, se Russomanno abrir investigação por “tudo o que for dele”, o Ministério Público Eleitoral vai ficar “superlotado”. A campanha do tucano passou a veicular comercial de rádio com o refrão “Tá russo, mano!”. O jingle acusa o adversário de ser “vazio” e não ter propostas.
As informações são do O Globo