Desde o início da República, o Brasil já teve diversos ex-presidentes que enfrentaram a prisão, seja por acusações de corrupção, conspirações políticas ou outros motivos. Aqui está um panorama detalhado sobre os casos mais marcantes:
Fernando Collor de Mello
Fernando Collor foi o primeiro presidente eleito diretamente após a ditadura militar. Seu mandato, iniciado em 1990, terminou abruptamente em 1992 com um processo de impeachment devido a acusações de corrupção. Décadas depois, Collor foi condenado a oito anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em um esquema envolvendo a BR Distribuidora. Ele foi preso em abril de 2025, em Maceió, após decisão do Supremo Tribunal Federal.
Luiz Inácio Lula da Silva
Lula, um dos líderes mais populares do Brasil, foi preso em abril de 2018, acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. Ele foi condenado a 12 anos e um mês de prisão, mas ficou detido por um ano e sete meses antes de ser solto em 2019, após o Supremo Tribunal Federal considerar a prisão em segunda instância inconstitucional. Em 2021, suas condenações foram anuladas.
Michel Temer
Michel Temer, que assumiu a presidência após o impeachment de Dilma Rousseff, foi preso preventivamente em março de 2019, acusado de corrupção em um esquema relacionado à construção da usina nuclear Angra 3. Ele foi solto poucos dias depois, mas voltou à prisão em maio do mesmo ano. Temer foi liberado novamente após decisão do Superior Tribunal de Justiça.
Antes da redemocratização, outros presidentes também enfrentaram a prisão:
– Hermes da Fonseca foi detido em 1922, acusado de conspiração durante a Revolta dos 18 do Forte.
– Washington Luís foi preso em 1930 após ser deposto durante o golpe que levou Getúlio Vargas ao poder.
– Artur Bernardes foi preso e exilado durante a Revolução Constitucionalista de 1932.
– Juscelino Kubitschek, fundador de Brasília, foi preso em 1968 durante o regime militar, acusado de corrupção e apoio ao comunismo
