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Collor e Maurício Quintella integram CPMI do caso Cachoeira

Agência Brasil

O PTB será representado pelo ex-presidente da República e senador Fernando Collor (AL) na vaga do Senado na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará o bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e suas relações com autoridades e outros empresários, anunciou hoje o partido. Além de Collor, o bloco União e Força, formado por PTB, PR e PSC, indicará o senador Vicentinho Alves (PR-TO).

Os partidos políticos se mobilizam no Congresso Nacional para indicar os nomes dos parlamentares que vão compor a comissão. Ao todo, a CPMI terá 16 senadores, 16 deputados titulares e o mesmo número de suplentes. A expectativa é que de ela seja protocolada na próxima terça-feira e lida em plenário pelo presidente do Congresso Nacional, o senador José Sarney (PMDB-AP), na quarta-feira.

Para que a CPMI seja criada, são necessárias assinaturas de pelo menos 171 deputados e 27 senadores. Todos os partidos já declararam apoio à criação da comissão. Apesar dessas assinaturas ainda não terem sido coletadas em quantidade suficiente, os partidos na Câmara e no Senado estão, aos poucos, divulgando os nomes de seus representantes.

O bloco de apoio ao governo no Senado – formado por PT, PDT, PSB, PCdoB e PRB – terá direito a cinco vagas, uma delas do PDT. Hoje o líder do PDT, senador Acir Gurgacz (RO), anunciou que a vaga será ocupada pelo senador Pedro Taques (MT). Os outros partidos que formam o bloco ainda não divulgaram suas escolhas. O líder do PT, senador Walter Pinheiro (BA), disse que fará uma reunião na próxima terça-feira para tratar do assunto.

Na Câmara, o PR já escolheu seus representantes, os deputados Ronaldo Fonseca (DF) e Maurício Quintella Lessa (AL). O partido, no entanto, ainda não definiu quem será titular e quem será suplente.

O PSDB, que terá direito à indicação de dois titulares e dois suplentes na comissão, já definiu que o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) será um dos titulares. O líder tucano, o deputado Bruno Araújo (PE), disse que as outras vagas estão sendo disputadas internamente por nove colegas de partido. “Na próxima terça-feira a gente define os outros três nomes, já que, na nossa avaliação, a CPI deve ser protocolada no mesmo dia”, disse o líder.

Até a próxima semana, quando as assinaturas para a CPMI tiverem sido todas coletadas, os outros partidos deverão definir as suas indicações.

O PMDB terá direito a cinco vagas de titulares no Senado e a duas na Câmara. PSDB e DEM terão direito, cada um, a três titulares no Senado e três na Câmara.

Entre os deputados, ainda haverá uma vaga para o PR, uma para o PSB, uma para o PTB, uma para o PSC, uma para o PP e uma que será dividida entre PV e PPS. Em cada Casa haverá ainda uma vaga de rodízio, que será destinada às bancadas dos partidos menores, que não alcançam o critério de proporcionalidade.

Na Câmara, a vaga ficará com o PCdoB, que deverá indicar o deputado Delegado Protógenes (SP). No Senado, ainda não está definido quem ficará com a vaga de rodízio.

A presidência da CPMI ficará com um senador do PMDB e a relatoria com um deputado do PT. Os dois partidos têm direito aos cargos por terem as maiores bancadas do Congresso Nacional, mas os partidos de oposição ainda brigam para que a minoria alcance uma das duas vagas. Reclamam, ainda, que de outra forma ficarão fora das decisões mais importantes. “A CPI é um instrumento da oposição. Então é importante termos um cargo”, alega o líder Bruno Araújo (PSDB-PE).

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