Sem dúvidas, a certeza da impunidade é o grande responsável pelos altos índices de violência que dominam nosso estado. Fruto de um sistema que não funciona, e muitas vezes do desinteresse das autoridades em esclarecer os crimes, prender, e manter preso os criminosos.
É triste ver que a morte de pessoas pobres, não são investigadas da mesma forma que se investiga atentados contra filhos dos poderosos de Alagoas. Nunca vi uma comissão formado por três delegados, para investigar um crime contra alguém que só teve o nome divulgado na imprensa porque foi assassinado.
Na última quinta-feira (29), completou um ano do desaparecimento e morte das irmãs de Coruripe, Cicera Beatriz dos Santos, 12 anos, e Samara Oliveira dos Santos, 14 anos. As irmãs foram encontradas mortas 23 dias depois do desaparecimento, com disparos de pistola 380 na cabeça e em avançado estado de decomposição.
A polícia Civil continua investigando o caso, pelo menos na teoria, mas até agora o crime segue sem solução, e ninguém foi indiciado pelos crimes.
Se o caso das irmãs de Coruripe não tem um suspeito, alguns crimes tiveram o assassino identificado, mas até hoje continuam gozando de liberdade, prontos para matar outra vez.
A manhã do domingo 26 de junho de 2011, foi o último café da manhã para os menores Yasmim Vitória, 3 anos, e Gabriel Martins, 7 anos, isso porque o “Monstro do Sertão”, como ficou conhecido Adronaldo Félix da Silva, pai das crianças, as matou covardemente a facadas.
Após várias buscas da polícia, inclusive em estados vizinhos de Alagoas, o “monstro” não foi encontrado, e continua foragido.
Outro criminoso que continua foragido é Judarley Leite de Oliveira, que assassinou covardemente o modelo Eric Ferraz, 24 anos, durante a festa de réveillon em Viçosa.
O crime teve motivação fútil, e o criminoso que é filho de um ex-vereador da cidade e acusado de outra tentativa de homicídio, atirou em Eric pelas costas, e até hoje nunca foi encontrado pela polícia.
Alguns criminosos chegam a ser presos, mas o estado é incompetente para manter os criminosos atrás das grandes, e muitos deles fogem antes mesmo de serem julgados.
No dia 25 de julho de 2011, um crime brutal chocou a população, a dona de casa Maria de Lourdes Farias da Silva, 27 anos, foi tirada da cama durante a madrugada, e na frente do esposo e dos três filhos, foi esquartejada, e teve a cabeça decepada ainda viva.
Menos de um mês após o crime, a polícia parecia ter dado uma resposta a sociedade, todos os envolvidos no crime foram presos, inclusive o “menor” Gabinha, 17 anos, acusado de ter decapitado Maria de Lourdes.
Mas como diz o ditado: “Quando a esmola é grande demais, o cego desconfia”. Menos de dois meses após o crime, o chefe da “gangue do facão”, como era conhecida a facção criminosa do Conjunto Carminha, José Cícero dos Santos, ou “Dionísio”, acusado de ter ordenado de dentro do presídio a morte de Maria de Lourdes, fugiu do Baldomero Cavalcante, no dia 3 de setembro de 2011, e continua foragido até hoje.
No dia 6 de janeiro desse ano, foi a vez de Gabinha (preso no dia 14 de agosto de 2011), agora maior de idade, fugir da Unidade de Internação Masculina (UIM), e ganhar as ruas de Maceió, pronto para decapitar outras pessoas, sob o olhar covarde do governo de Alagoas e do sistema de INsegurança do estado.
Outro criminoso que fugiu da UIM, foi o assassino da balconista Nadian Alves de Freitas, 29 anos. O “menor” M. E. S. 17 anos, assassinou a balconista durante um assalto á Farmácia Pague Menos, no dia 14 de julho de 2011, e foi preso um dia depois no Hospital Sanatório. Fugiu da Unidade de Internação no dia 20 de outubro.
Outro detalhe: Ninguém comenta sobre a investigação contra o médico e a enfermeira que teriam recebido R$ 8 mil, para retirar a bala da perna do “menor” assassino, sem denuncia-lo a polícia.
No dia 7 de outubro, a Polícia Militar fez uma Operação pra prender criminosos no bairro da Levada, e à batizou de Operação Nadian., porém os outros criminosos envolvidos no assalto nunca foram presos.
Quem tiver informação sobre algum desses criminosos, ligue para o Disk Denúncia 181. Você não precisa se identificar.
Uma resposta
Todo criminoso vem se esconder em Alagoas… A terra de ninguém. Estado esquecido. Governo Omisso.