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Claro fecha o ano com prejuízo de quase R$ 1 bi

Entre as operadoras de telefonia móvel do Brasil, a Claro – controlada pela América Móvil – é a única que não tem ações negociadas na Bovespa. Nesta semana, a tele anunciou seu resultado financeiro no país, com perdas em 2012. De acordo com o balanço, a Claro encerrou o ano com prejuízo líquido de R$ 880,496 milhões, bem acima do prejuízo líquido de R$ 330,146 milhões em 2011. As demais operadoras encerraram o ano com lucro. Os resultados da Claro foram associados a um forte aumento nos custos de serviços prestados e de aparelhos vendidos.

No ano, a receita líquida cresceu 13,02%, para R$ 12,916 bilhões, com aumento da base de assinantes pós-pagos. A receita com serviços pós-pagos teve incremento de 9,14%, para R$ 4,964 bilhões. A receita com pré-pago, por sua vez, aumentou 21,9%, para R$ 2,798 bilhões. A Claro registrou ainda elevação de 11,59% na receita com interconexão, para R$ 3,922 bilhões.

As despesas com serviços e produtos aumentaram mais que a receita: 14,2%, chegando a R$ 9,343 bilhões. A companhia também registrou despesas comerciais 26,5% mais altas, para R$ 3,125 bilhões. Com isso, o prejuízo operacional chegou a R$ 893,722 milhões, ante R$ 333,343 milhões em 2011.

Em 2012, a Claro adotou uma estratégia mais agressiva de expansão da base de clientes, com oferta de pacotes de R$ 0,21 por chamada, ante R$ 0,25 da TIM. A Claro elevou a base de celulares em 4,9 milhões no ano passado, para 60,4 milhões de linhas. O crescimento rápido ajudou a congestionar as redes e a empresa também foi alvo de milhares de reclamações de consumidores na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que resultaram na proibição de venda de chips em três Estados no mês de julho.

Em resposta, a companhia anunciou um plano de investimentos de R$ 6,3 bilhões a serem aplicados entre 2012 e 2014 para melhoria da infraestrutura e da qualidade dos serviços.

Para atrair clientes que fazem uso intenso de dados, a Claro começou a oferecer o serviço de telefonia móvel de quarta geração (4G) nas cidades de Recife, Campos do Jordão (SP), Búzios (RJ), Paraty (RJ) e Curitiba. A operadora tem procurado reforçar a oferta do 4G e de outros serviços de alto valor agregado como forma de se diferenciar no mercado de telefonia móvel e recuperar perdas sofridas em anos anteriores.

Procurada pelo Valor, a tele disse que não tinha porta-voz disponível para comentar o balanço de 2012 e os planos futuros.

As informações são do Valor Econômico

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