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Cícero Albuquerque: Maceió tem um colapso para administrar

Cícero Albuquerque- professor

O próximo prefeito encontrará uma Maceió tomada pelo grave problema do ‘afundamento’ de vários bairros e a vulnerabilidade de tantos outros, decorrentes da exploração desmensurada da Salgema/Braskem.

Tal problema é apenas um entre os tantos que demarcam o colapso ambiental da nossa capital (poluição da lagoa, das praias, baixo índice de esgotamento sanitário e tantos outros).

Maceió exige um grande esforço para enfrentar tal situação. No limite da contradição que essa expressão encerra em si, é preciso pensar uma cidade sustentável.

Noutra direção, o próximo prefeito herdará uma cidade com poucas políticas públicas de assistência social, com promoção humana e pouco avante cultural, imperativos para fazer da cidade um lugar acolhedor e melhor de se viver.

Como nunca antes na sua história, Maceió precisa de um governo dedicado, sensível e dedicado ao seu futuro.

Por que aponto tais caminhos entre tantas emergências que tem a cidade? Porque entendo que Maceió vive uma crise existencial, algo sem precedentes.

Não estamos diante de uma eleição na qual o povo maceioense é chamado a escolher quem pode levar a cidade a um lugar melhor, está chamado a escolher, em primeiro lugar, quem pode evitar o colapso da cidade.

Em seguida, com pesar, para além de dois governos com baixa sensibilidade social, vejo na sociedade maceioense pouca corresponsabilidade social, baixo engajamento coletivo, debilidade organizativa das organizações sociais e timidez da intelectualidade progressista.

Com pesar ainda maior, não vejo entre os candidatos que chegaram ao segundo turno perfil para atender aos desafios que estão dados.

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