“Uma violação do príncipio de ‘China Única’ atingiria pesadamente o relacionamento entre Pequim e Washington, já que o respeito a este princípio tem sido o fundamento das relações bilaterais em mais de três décadas de contatos diplomáticos”, comentou Geng Shuang . Desde que foi eleito, em 8 de novembro, Trump vem dando declarações que alfinetam a China ou contrariam os interesses do gigante asiático, que é um forte parceiro comercial dos Estados Unidos.
O magnata republicano já prometeu que irá revisar acordos comerciais e alterar tratados entre os dois países. Além disso, Trump telefonou para a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, em um contato direto que os EUA evitavam desde 1979 para não desagradar a Pequim, que pede que nenhum país reconheça a independência do território. Em entrevista à emissora Fox News no fim de semana, Trump ameaçou de novo a China, dizendo que “não se sente obrigado a seguir a política da ‘China Única'”.
A imprensa chinesa também tem reagido às falas de Trump. O jornal “Global Times”, controlado pelo Partido Comunista, disse que o republicano é “ignorante como uma criança, imaturo e inexperiente”. Em um editorial, o periódico disse: “Trump, escute claramente: a ‘China Única’ não pode ser negociada”.