China quer blindar economia contra crise global

O banco central chinês prometeu nesta quinta-feira garantir a expansão estável da oferta de dinheiro e crédito, para blindar a segunda maior economia do mundo contra os efeitos da crise global.

As informações são da Reuters.

O crédito bancário, peça chave na política econômica do BC, cresceu 7,6% ao ano

Os principais líderes da China afirmaram na terça-feira que irão acelerar no segundo semestre os ajustes políticos destinados a estimular uma economia que teve no segundo trimestre seu menor índice de crescimento em mais de três anos.

– A China irá usar múltiplas ferramentas de política monetária para guiar um crescimento estável e apropriado na oferta de crédito e de dinheiro, e manter uma escala razoável de financiamento social agregado – disse o Banco Popular da China em seu relatório de implementação da política monetária relativo ao segundo trimestre.

– A China deixará a política monetária mais voltada para o futuro, com metas e flexível, ao passo que continuará ajustando preventivamente e afinando a política quando for apropriado – disse o relatório divulgado nosite do BC chinês.

O banco central prometeu usar múltiplas ferramentas monetárias como compulsórios e operações no mercado para gerir a liquidez. Mas a instituição alertou que um afrouxamento rápido demais poderá estimular a inflação, que em junho ficou em 2,2%, menor índice em 29 meses.

– O impacto da política expansionista da China pode minguar no estímulo ao crescimento, ao passo que o impacto sobre a inflação irá crescer – disse o relatório, alertando para o risco de alta inflacionária depois de agosto.

O crédito bancário é uma peça central na política do BC para tentar reanimar a economia, que teve um crescimento anualizado de 7,6% no segundo trimestre, mínima em três anos.

Desde junho, o BC já cortou a taxa de juros em duas ocasiões, e desde o final de 2011 houve três reduções na taxa de compulsório dos bancos junto ao BC. Analistas ainda preveem outras medidas de relaxamento da política monetária.

O BC chinês disse que vai continuar adequando a taxa de juros ao mercado, além de aumentar a flexibilidade do yuan.

O relatório alerta também que a falta de confiança dos mercados globais em relação à Europa, somada à carência de fundamentos para uma recuperação sólida nos EUA, pode levar a economia mundial a uma nova recessão.

O serviço noticioso Financial News, operado pelo BC chinês, disse que a China deve manter as atuais restrições destinadas a evitar pressões especulativas sobre o mercado imobiliário, depois que o preço das moradias dobrou entre 2009 e 2011 nas principais cidades do país, tornando os imóveis inacessíveis a muitos cidadãos chineses de classe média.

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