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Chefe do MP cita ‘porcaria’ e ‘p…’ em demora por reforço financeiro

O procurador-Geral de Justiça, Márcio Roberto, reclamou da burocracia – citando o Governo e a Assembleia Legislativa- no repasse de dois milhões de reais, pedidos pelo Ministério Público há dois ou três meses, para suplementação orçamentária, ou seja, fechamento das contas do MP em 2020.

Valor bem menor que o pedido – e autorizado- ao Tribunal de Justiça e aos deputados estaduais, segundo Márcio Roberto, que chamou o MP de “primo pobre do Judiciário”, exaltando as qualidades do fiscal da lei no combate à corrupção.

Usou os termos “porcaria” e “putaria” em desabafo que durou pouco mais de 16 minutos na 28a Reunião Ordinária do Conselho Superior do Ministério Público de Alagoas, no dia 10 de dezembro. Além de Márcio Roberto, que presidiu a reunião, havia mais sete procuradores de Justiça.

A “porcaria” foi citada no valor da suplementação; a “putaria” era a burocracia do Governo e Assembleia. Cobrou compromisso do Governo no repasse da suplementação e se comparou a um mendigo por contactar várias vezes os secretários da Fazenda e Planejamento cobrando o valor.

O discurso de Márcio Roberto ocupou metade da reunião. Ele chamou o gesto de desabafo.

A suplementação é um valor a mais no orçamento repassado a um órgão público com a justificativa de pagamento de despesas. A aprovação depende da Assembléia Legislativa. Um projeto de lei é encaminhado pelo governador Renan Filho (MDB) aos deputados estaduais que entram em recesso nesta semana.

Veja abaixo a reunião completa. Os termos “putaria” e “porcaria” são usados a partir de 14o minuto:

 

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