Em ano eleitoral, o presidente da Câmara de Vereadores de Maceió, Galba Novaes (PR) conseguiu aprovar, por maioria dos votos, uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) sobre a morte de jovens na capital- que é a terceira mais violenta do mundo.
A CEI se arrasta até outubro- mês da eleição.
Nos argumentos de Novaes, “de acordo com o mapa da ONU, Estados que no início da década ostentavam níveis moderados ou baixos de violência, em relação ao contexto brasileiro, apresentaram crescimento severo. Em 2000, Alagoas ocupava o 11º lugar no ranking do Brasil e em 2010 passou para o 1º lugar em violência no País”, disse nota distribuída à imprensa.
Um dos pontos que a CEI quer investigar: a contratação de uma consultoria para elaborar um mapa da violência, que custa pouco mais de R$ 5 milhões, sem licitação. Este assunto serviu de mote para críticas até de vereadores que representam o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), na Câmara: Oscar de Melo (PP) e pastor João Luiz (DEM).
“É por isso que aprovamos essa CEI. Não vamos ficar parados, como faz o governo do Estado, assistindo a violência chegar a esse nível absurdo e não fazer nada. Queria muito que o governo enviasse alguém para explicar o porquê dessa violência, que aumenta a cada dia. Antes os governantes se preocupavam com essas críticas, hoje não estão nem aí. O governo não toma providência nenhuma. Diante disso, nós vereadores vamos fazer nosso papel, através dessa Comissão Especial de Inquérito”, disse Novaes, que, em 2010 foi vice do senador Fernando Collor (PTB) na disputa ao Governo alagoano.
O presidente da Câmara é um dos pré-candidatos do grupo de Collor à prefeitura de Maceió.