O Ceará se destaca como o estado do Nordeste com o menor percentual de área afetada pela seca em julho de 2024, apresentando apenas 5% do território em seca fraca e 95% livre desse fenômeno, conforme dados do Monitor de Secas do Brasil.
Apesar desse panorama relativamente otimista em comparação a outros estados da região, foi observado um aumento nas áreas afetadas pela seca.
Entre junho e julho de 2024, o percentual subiu de 1% para 5%, correspondendo a uma área total de 7.739 km², sendo o extremo sul do estado a região mais impactada.
Dentro do contexto nordestino, o Maranhão é o estado que apresenta a maior área comprometida, com 73% do seu território em seca fraca, seguido pela Bahia, que tem 26% em seca moderada e 45% em seca fraca.
A definição de seca envolve mais do que a simples ausência de chuvas; considera fatores como o balanço entre precipitação e evapotranspiração, a saúde da vegetação e a umidade do solo.
Durante a estação chuvosa de 2024, o estado registrou precipitações acima da média em diversas regiões, o que contribuiu para a mitigação da seca até julho, limitando-se a uma pequena área em seca fraca.
Entre fevereiro e março, foram acumulados 763,2 mm de chuvas, resultando em um desvio positivo de 25,3% em relação à média histórica.
Embora tenha havido um aumento nas áreas afetadas entre junho e julho, o Ceará apresentou uma melhoria significativa em relação ao mesmo período do ano anterior, quando 33,73% do seu território estava em seca fraca.
Contudo, a irregularidade na distribuição das chuvas e o aumento das temperaturas acentuam a evapotranspiração, o que eleva o risco de agravamento da seca no segundo semestre, período que normalmente apresenta baixa pluviometria.
*Com informações do portal O Povo.