A tarde de depoimentos no julgamento do assassinato Paulo César Farias e da namorada dele, Suzana Marcolino, teve a presença da suposta amante de PC, Cláudia Dantas. Ela disse que, um dia antes do crime, PC ligou para ela. E disse que acabaria o relacionamento com Suzana. Ela ainda disse ter recebido flores no dia dos namorados- 12 de junho de 1996.
Em 23 de junho, PC e a namorada foram encontrados mortos, na casa de praia de PC, no bairro de Guaxuma.
O segundo depoimento foi de Lourinaldo Santos de Castro, que é amigo de Reinaldo- um dos quatro seguranças julgados por duplo homicídio por omissão. O depoimento durou dois minutos e ele disse que conhecia Reinaldo.
O terceiro depoimento foi de Mônica Calheiros, apontada como a mulher que vendeu a arma a Suzana Marcolina. Esta arma foi encontrada na cena do crime.
– Lembro que vendia a arma por R$ 250. Ganhei de presente do meu marido por causa da churascaria [a família era dona do negócio na cidade de Atalaia, onde a arma foi comprada]. A arma foi paga em cheque.
Mostrando nervosismo e dizendo falar a verdade, Mônica disse que a arma foi comprada pelo marido de um policial militar:
– Havia PMs passando fome. Então, ele comprou a arma de um militar.
De acordo com ela, a arma foi comprada por Zélia Maciel, primo de Suzana, que praticou tiro ao alvo no fundo da churrascaria pertencente a ela e ao marido, Jeferson Calheiros.
No depoimento, Jeferson disse que comprou a arma de Luiz de Alberto Pontes.
– Comprei a arma dele. Ele me vendeu por R$ 250/300. Comprei a arma por causa dos riscos na época de segurança. Só soube da venda da arma depois da confusão, disse.
Questionado pelo juiz Maurício Brêda como Zélia procurou a esposa para comprar uma arma, Jeferson disse que a irmã de Suzana frequentava a churrascaria:
– Zélia frequentava lá, andava lá na churrascaria. Zélia passava lá, na fazenda lá, na churrascaria, e almoçava lá.
Disse que “soube depois do crime” que arma havia sido vendida, pela esposa.
